martes, 24 de marzo de 2020

Antonio Pacheco (Brasil)



VIRUS COBARDE Y VIL

 



No soy el enemigo
No vine a destruir el mundo
Estoy aqui como vigilante
Escucha mi voz y solo detente.
Deja de querer alcanzar las estrellas
Mira el cielo sin ambición para conquistarlo
Sorbe sus encantos y grandeza a través de sus ojos
Regocíjate con la glória de vivir
En esto jardín que es la tierra
Pero, deja el universo solo.
Deja de posar como dioses inmortales
Ustedes son solo seres humanos,
Tan efímero como sus ancestros extintos.
No es casualidad la fugacidad de la vida,
Es una determinación sabia y perpetua.
La eternidad no es para hombres
Respeta nuestro hábitat,
Nuestro hogar, este planeta
Él es nuestra unica vivienda.
Él que da la bienvenida
Y sostiene nuestra existencia.
Detente y mira a tu alrededor
Yo humildemente te dijo,
Mira cómo arden los bosques,
Mientras las fuentes mueren llenas de basura,
Cómo sofoca el aire contaminado
Por el humo de la codicia y la ambición
Detente ahora, te lo advierto.
Retira tus máquinas de guerra
Desmantela tus fábricas de hambre
Ralentiza el tiempo
Escucha el murmullo de la lluvia
Los gritos penetrantes
De plantas, de ríos,
De los mares, de los pájaros,
Abejas y rebaños
Quien agoniza envenenados.
No, no soy el enemigo que piensas,
La vida de todos está en peligro.
Por eso estoy aquí.
Sí, soy el mensaje y el mensajero
De este momento.
Vine a advertir y salvar
Lo bueno que aún está en ti
Y lo que queda aún del planeta.
Escúchame atentamente
Detenga ahora este virus cobarde y vil,
Que tomó la forma de hombre
Para extinguir a tu propia humanidad.






VÍRUS COVARDE E VIL



Não, eu não sou o inimigo
Não vim para destruir o mundo
Eu estou aqui como um atalaia
Ouçam minha voz
E apenas parem.
Parem de querer alcançar as estrelas
Olhem para o céu sem ambição de conquistá-lo
Sorvam pelos olhos seus encantos e grandeza
Alegrem-se com a glória deste jardim que é a terra
Mas, deixem em paz o universo.
Parem de posar como deuses imortais
Vocês são apenas seres humanos,
Tão efêmeros como os seus extintos ancestrais.
Não é acaso a transitoriedade da vida,
É uma determinação sábia e perpétua
A eternidade não é para os homens
Respeitem o nosso habitat, nosso lar, este planeta
É ele a nossa única casa,
É ele que acolhe e sustenta a nossa existência.
Parem e olhem ao seu redor,
Eu lhes peço humildemente.
Veja como queimam as florestas,
Como morrem entulhadas de lixo as nascentes,
Como sufoca o ar contaminado pela poluição.
Parem agora, eu os alerto.
Aposentem suas máquinas de guerra
Desmontem suas fábricas de fome
Desacelerem o tempo
Ouçam o murmúrio da chuva
Os gritos lancinantes
Das plantas, dos rios,
Dos mares, das aves,
Das abelhas e das manadas
Que agonizam envenenadas.
Não, eu não sou o inimigo que vocês pensam,
A vida de todos está em perigo
Por isso eu estou aqui.
Sim, sou a mensagem e o mensageiro
Deste momento
Vim para avisar e salvar
O que de bom em vocês ainda há
E o que resta do planeta.
Ouçam-me com cuidado,
Parem agora este vírus covarde e vil,
Que tomou a forma do homem
Para extinguir a sua própria humanidade.

No hay comentarios:

Publicar un comentario