DE GRUESOS MUROS...
De gruesos muros, de hojas aplastadas
es como camina la gente por las calles.
de dolorido jugo y de frentes duras
están hechas las caras. Ay, Tiempo
atardecido de sonidos que no comprendo,
miradas que se vuelven bofetadas, pasos
excavados, hondos, venidos de un alto pozo
de una siniestra Nada. Y bocas tortuosas
sin palabras.
¿Y qué será de mi boca de inventos
esta tarde? Y del oro que surge
de la garganta de los locos, ¿qué será?
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en "Amavisse", Massao Ohno Editor, São Paulo, 1989. Trad. de Eduardo Conde.
DE GROSSOS MUROS...
DE GROSSOS MUROS...
De grossos muros, de folhas machucadas
É que caminham as gentes pelas ruas.
De dolorido sumo e de duras frentes
É que são feitas as caras. Ai, Tempo
Entardecido de sons que não compreendo
Olhares que se fazem bofetadas, passos
Cavados, fundos, vindos de um alto poço
De um sinistro Nada. E bocas tortuosas
Sem palavras.
E o que há de ser da minha boca de inventos
Neste entardecer. E o do ouro que sai
Da garganta dos loucos, o que há de ser?
(Fuente: Jonio González)
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